terça-feira, 15 de outubro de 2013

Influência pitagórica



   A visão escola pitagórica foi duradoura e ainda influencia o pensamento e o vocabulário. Por exemplo, o vocábulo harmonia no seu sentido mais lato é de origem pitagórica. A palavra filosofia também é de origem pitagórica. Ao dizer figuras (ou casas) decimais, estamos usando uma gíria da Irmandade pitagórica.
   Para entender a ideia dos pitagóricos sobre números observe, por exemplo, que a série dos números quadrados perfeitos pode ser obtida pela adição de sucessivos números ímpares: 
[1]+3=[4]+5=[9]+7=[16]+9=[25]+11=[36]+...
 
A soma dos números ímpares pode ser representada sob a forma de quadrados.
A adição de sucessivos números pares forma os “números oblongos”, em que razão dos lados representa exatamente os intervalos concordantes da escala musical: 
2  (2:1, oitava)+4=6 (3:2, quinta)+6=12 (4:3, quarta)
 
A soma dos números pares pode ser representada sob a forma de retângulos.
  Para o poeta Homero o mundo era como uma ostra, um disco flutuante rodeado pelo oceano. No universo de Anaximandro, o disco terrestre já não flutua sobre a água, permanece no centro suportado por nada e rodeado pelo ar. Para os pitagóricos, a Terra se transforma em uma esfera, e, em torno dela, o Sol, a Lua e os planetas (estrelas errantes) giram em círculos concêntricos, cada um preso a uma esfera.
   Nesta descrição do universo, cada corpo celeste provoca um sussurro musical. Cada planeta provocará um tom característico, dependendo da razão da respectiva órbita, assim como o tom de uma corda depende do seu comprimento.
   As órbitas em que os planetas se movem formam uma espécie de lira cósmica cujas cordas formam círculos. Este universo, governado pelas leis da harmonia, assemelha-se a uma caixa de música cósmica a repetir o mesmo prelúdio de uma eternidade à outra.

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