Na
iniciativa privada, os funcionários das grandes empresas recebem de acordo com
suas qualificações. Na administração pública, os funcionários civis de
carreira, isto é, que realizaram concursos para ingressar no serviço público,
também recebem salários de acordo com suas qualificações.
Os policiais civis e militares recebem de
acordo com suas qualificações. Os militares das forças armadas recebem de
acordo com suas qualificações. Os professores também recebem de acordo com suas
qualificações. Por exemplo, um
professor com o título de doutor tem um salário maior que um professor com o título
de mestre. Um professor que tem apenas uma especialização, além da graduação,
recebe menos que um professor com o título de mestre.
Por que os políticos não recebem de acordo
com suas qualificações? Nada contra um político com pouca escolaridade. Afinal,
ele foi escolhido para, supostamente, representar os seus eleitores. Mas ele
deveria receber de acordo com suas qualificações.
Além dos políticos, existem os chamados
assessores (popularmente conhecidos como “aspones”)
e as pessoas que ocupam os chamados cargos comissionados. Nos cargos
comissionados existem pessoas que são qualificadas, mas a grande maioria delas
jamais conseguiria ganhar o mesmo salário no mercado de trabalho por falta de
qualificação.
Já ouvi muitos estudantes dizerem que para
ganhar dinheiro não é necessário estudar, basta ser político ou assessor de um
político. Os empreendedores trabalham muito e geram empregos com seus
empreendimentos e muitos até enriquecem. Os políticos empregam assessores (“aspones”)
que são sustentados com o erário público. Atualmente cada deputado federal pode
empregar até vinte e cinco assessores.
Está na hora de exigir que os salários dos
políticos e seus assessores sejam de acordo com a qualificação de cada um, como acontece, por
exemplo, com os professores universitários. Esta anomalia coloca os políticos e
seus assessores como cidadãos superiores ao restante da população.
Precisamos acabar com este mau exemplo para
a nossa juventude. O Brasil precisa de pessoas qualificadas e talentosas. Para
incentivar os jovens a estudar, nós precisamos de bons exemplos. As pessoas que
dão maus exemplos como os políticos prestam um desserviço à sociedade e ao
futuro dos nossos jovens.
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