É notória a falta de ressonância
entre Brasília e os anseios da população. Para explicar este fato, apresento a
seguir uma versão de uma fábula que circula através das redes sociais.
Conta-se que um rei resolveu sair
para pescar.
Ele chamou o seu assessor
meteorologista e solicitou a previsão do tempo para aquele dia que estava, até
aquele momento, lindo e ensolarado.
O assessor meteorologista, que obviamente
havia conseguido um diploma sem muito esforço, assegurou ao monarca que o tempo
permaneceria estável.
Animado com esta informação, o rei
convidou sua noiva para acompanhá-lo. Ele queria impressioná-la com suas
habilidades para pescar.
No caminho, o rei encontrou com um camponês
montando seu burro. Quando o camponês percebeu que o rei estava indo pescar,
ele disse: “É melhor vossa majestade desistir da pescaria, pois vai chover
muito durante esta tarde”.
O rei respondeu imediatamente ao camponês:
“Eu tenho um assessor meteorologista que disse que esta tarde será ensolarada”.
Ao ouvir esta afirmação o camponês
abaixou a cabeça e seguiu o seu caminho. Enquanto o rei seguiu em frente. O
problema é que ao chegar à margem do rio, o tempo começou a mudar. O sol
desapareceu e a chuva foi torrencial.
O rei e sua noiva ficaram
encharcados. A pescaria foi um fiasco.
O rei voltou furioso para
o palácio e demitiu o assessor meteorologista. Em seguida ele mandou chamar o camponês.
Quando o camponês chegou, o rei disse: “o cargo comissionado de assessor
meteorologista é seu”.
O camponês disse: “Majestade, eu não
entendo nada de previsão do tempo. Só sei que quando vai chover as orelhas do
meu burro ficam caídas”.
Imediatamente, o rei contratou o
burro como assessor, que passou o resta da vida pastando as gramas do jardim do
palácio real.
Assim surgiu a tradição de escolher como assessores somente aqueles que
têm orelhas alongadas.
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