quinta-feira, 18 de julho de 2013

Uma fábula



   É notória a falta de ressonância entre Brasília e os anseios da população. Para explicar este fato, apresento a seguir uma versão de uma fábula que circula através das redes sociais.
  
Conta-se que um rei resolveu sair para pescar.
Ele chamou o seu assessor meteorologista e solicitou a previsão do tempo para aquele dia que estava, até aquele momento, lindo e ensolarado.
O assessor meteorologista, que obviamente havia conseguido um diploma sem muito esforço, assegurou ao monarca que o tempo permaneceria estável.
Animado com esta informação, o rei convidou sua noiva para acompanhá-lo. Ele queria impressioná-la com suas habilidades para pescar.
No caminho, o rei encontrou com um camponês montando seu burro. Quando o camponês percebeu que o rei estava indo pescar, ele disse: “É melhor vossa majestade desistir da pescaria, pois vai chover muito durante esta tarde”.
O rei respondeu imediatamente ao camponês: “Eu tenho um assessor meteorologista que disse que esta tarde será ensolarada”.
Ao ouvir esta afirmação o camponês abaixou a cabeça e seguiu o seu caminho. Enquanto o rei seguiu em frente. O problema é que ao chegar à margem do rio, o tempo começou a mudar. O sol desapareceu e a chuva foi torrencial.
O rei e sua noiva ficaram encharcados. A pescaria foi um fiasco.
O rei voltou furioso para o palácio e demitiu o assessor meteorologista. Em seguida ele mandou chamar o camponês. Quando o camponês chegou, o rei disse: “o cargo comissionado de assessor meteorologista é seu”.
O camponês disse: “Majestade, eu não entendo nada de previsão do tempo. Só sei que quando vai chover as orelhas do meu burro ficam caídas”.
Imediatamente, o rei contratou o burro como assessor, que passou o resta da vida pastando as gramas do jardim do palácio real.
Assim surgiu a tradição de escolher como assessores somente aqueles que têm orelhas alongadas.

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