A estudante de física e química, Marie Curie
começou suas investigações em dezembro de 1897. Fascinada pelo fenômeno dos
“raios de urânio”, ela resolveu escrever sua tese de doutorado sobre este tema.
Ela sabia que os “raios de urânio” podiam ionizar as moléculas do ar, e o grau
de ionização possibilitou a comparação das intensidades desses raios.
Com este procedimento, ela descobriu que,
além do elemento urânio, o único elemento que emitia uma radiação com
intensidade semelhante era o tório. Os demais elementos não apresentavam radioatividade,
isto é, não ionizavam o ar.
Entretanto, ela observou algo surpreendente
ao comparar a intensidade de radiação de dois compostos de urânio, conhecidos
como pitchblenda e calcolite, com a do urânio metálico
puro. Pois esses compostos eram muito mais radioativos que o urânio puro.
Lembrando do início das suas pesquisas, ela
confirmou, mais tarde, suas ideias iniciais sobre esse fenômeno: “Esse fato é
muito significativo e indica que esses minérios devem conter um elemento que é
muito mais radioativo que o urânio”.
Marie e seu marido Pierre Curie (1859 - 1906) conseguiram separar finos
traços de dois elementos altamente radioativos. Batizaram um dos elementos de
“polônio” em homenagem ao país natal de Marie, a Polônia, o outro foi chamado de
“rádio”, pois irradiava com uma intensidade de aproximadamente cem mil vezes
maior que a do urânio.
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