Com a
descoberta do elétron, ficou evidente que os átomos, sendo neutros, deveriam
possuir uma estrutura interna. Assim, após ter descoberto o elétron, J. J.
Thomson sugeriu um modelo para descrever a estrutura interna do átomo. Neste
modelo, o átomo é considerado como uma “gotícula” esférica de cargas positivas.
As cargas negativas, os elétrons, estavam embebidas nessa gota de matéria
positiva. Este modelo ficou conhecido, devido aos gracejos da comunidade
universitária de Cambridge, como “pudim de ameixas” atômico de Thomson.
Em
1909, Hans Geiger (1882 – 1945) e Ernest Marsden (1889 - 1970) realizaram uma
experiência, no laboratório de Ernest Rutherford (1871 – 1937), bombardeando
finas folhas de ouro com partículas alfa. A maioria das partículas do feixe
passava através da folha de ouro como se ela não estivesse lá. Poucas
partículas sofriam pequenos desvios e de cada 8.000 partículas, uma sofria uma
deflexão de 900 ou mais. Como as partículas alfa são positivamente
carregadas, a experiência mostrou que havia um objeto maciço com carga elétrica
positiva no interior do átomo. Por volta de 1911, Rutherford propôs o modelo de
átomo nuclear com os elétrons (carga negativa) circulando em torno do núcleo
(carga positiva).
Do
ponto de vista da física clássica, um elétron em movimento ao redor do núcleo é
um oscilador elétrico que deveria irradiar ondas eletromagnéticas
continuamente. Portanto, o átomo não poderia durar mais que uma fração de
segundo. Obviamente, isto não acontece; os átomos estão por aí há muito tempo.
Em
menos de dois anos após Rutherford ter proposto o seu modelo, Niels Bohr chegou
a seguinte conclusão: as leis de Newton e de Maxwell não são válidas no domínio
das dimensões atômicas. Essa nova orientação teórica para a construção de um
modelo físico era necessária, pois as leis da física tinham de estar de acordo
com as experiências. Apesar de revolucionário, quando Bohr anunciou a sua
teoria com o átomo quantizado em 1913, houve poucas dúvidas de que ele estava
no caminho certo.
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