Durante
suas pesquisas sobre ondas de rádio, Hertz observou que a passagem de uma
centelha em um circuito é facilitada pela passagem de outra centelha em suas
vizinhanças. Aprofundando as investigações, ele descobriu que o efeito é
causado pela luz ultravioleta emitida pela centelha.
Em
1898, Ernest Rutherford demonstrou que, quando a luz ultravioleta incide em uma
placa de metal, o ar na vizinhança da placa fica cheio de partículas carregadas
negativamente. Com a descoberta do elétron, feita por Thomson, ficou claro que
a luz ultravioleta provoca a ejeção de elétrons (fotoelétrons) da superfície
iluminada. Este é o chamado efeito
fotoelétrico.
Em
1902, Philipp Lenard (1862 – 1947) realizou cuidadosas experiências e constatou
que para cada tipo superfície que permitia a ocorrência do efeito fotoelétrico,
havia uma frequência limite acima da qual o efeito era observado. A física
clássica não explicava este fenômeno de maneira satisfatória.
Mas,
em 1905, Einstein supôs que a absorção da luz também é quantizada, e não
somente durante a emissão como Planck havia afirmado. Com esta suposição,
Einstein obteve uma equação relacionando a energia do fóton incidente com a
energia do fotoelétron.
Em
1916, Millikan confirmou experimentalmente a equação fotoelétrica proposta por
Einstein. Ele chegou a afirmar: “Passei
dez anos tentando mostrar que a equação fotoelétrica estava errada, mas os
resultados experimentais mostraram que ela estava correta”.
Para
Millikan, as suas experiências confirmavam apenas a validade da equação e não a
ideia de que a luz poderia ser considerada como partículas chamadas de fótons (origem na palavra grega para
“luz”).
Somente
em 1922, quando Arthur Holly Compton (1892 – 1962) mostrou que os fótons de
raios X eram espalhados como se fossem partículas, é que Einstein deixou de ser
o único a sustentar o conceito de fóton.
Fotoelétrons
O
efeito fotoelétrico é a emissão de elétrons de metais e outras substâncias
quando absorvem energia de uma onda eletromagnética. Em 1887, Heinrich hertz
observou que, ao iluminar com luz ultravioleta os elétrodos entre os quais se
produz uma descarga elétrica, podia-se aumentar a intensidade da descarga.
Isto
sugeriu a disponibilidade de mais partículas carregadas, identificadas mais
tarde como elétrons. Um ano depois, Wilhelm Hallwachs (1859-1922) observou
emissões de elétrons quando iluminava a superfície de alguns metais, como Zn, Rb, K,Na.
Os
elétrons emitidos ou produzidos dessa maneira são chamados de fotoelétrons.
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