Em 1821, Thomas Joham Seebeck (1770 – 1831)
descobriu uma maneira de obter uma corrente contínua (termoeletricidade) usando um termopar.
Imagine uma longa tira de cobre e uma longa tira de zinco com suas extremidades
A e B em contato e com cada extremidade mantida a uma temperatura
diferente. Com a diferença de temperatura entre as extremidades, o cobre pode
capturar mais elétrons do zinco na extremidade A do que em B.
Como a concentração de elétrons é maior em A do que em B, os elétrons irão fluir de A
para B através da tira de cobre. Isto
provoca um acúmulo de elétrons na extremidade B. Nesta extremidade, o cobre não consegue reter todos os elétrons
e alguns deslizam para a tira de zinco.
Enquanto isso, com o fluxo de elétrons de A para B, a concentração de elétrons diminui em A e o cobre consegue “arrancar” mais elétrons do zinco. Enquanto houver uma diferença de
temperatura entre A e B, este processo continua
indefinidamente com os elétrons fluindo de A
para B através do cobre e de B para A
através do zinco.
Como a corrente que flui através do termopar varia com a diferença de
temperatura entre seus extremos, podemos usá-lo como um termômetro. Usando
metais com alta temperatura de fusão podemos medir temperaturas extremamente
altas. Mas, como é possível medir correntes extremamente pequenas, também
podemos usar um termopar para
detectar fontes de calor extremamente fracas como, por exemplo, o planeta Vênus ou o planeta Marte.
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