Para
reproduzir fenômenos magnéticos por meio de correntes elétricas, Ampère enrolou
um fio em torno de um cilindro, de modo a formar um solenóide. Ao fazer um
corrente fluir através deste solenóide, ele observou um comportamento igual ao
de um ímã com os pólos norte e sul, e era capaz de repelir e atrair ímãs.
Todos os
efeitos magnéticos conhecidos podiam ser reproduzidos por correntes elétricas.
Talvez o magnetismo não passasse de um fenômeno oculto nos corpos. Com esta ideia
em mente, Ampère adotou a hipótese de que as correntes elétricas são mais
fundamentais que os imãs. Pois, ele conhecia um fenômeno em que a eletricidade
produzia magnetismo, mas não conhecia o efeito oposto, parecia que as forças
elétricas eram mais fundamentais que as magnéticas.
Com um raciocínio similar ao de Ampère, Faraday
supunha que seria possível induzir uma corrente elétrica por meio de outra
corrente elétrica. Se uma bobina estivesse próxima a outra por onde passasse
uma forte corrente elétrica, talvez surgisse uma corrente elétrica na primeira.
Nesta experiência, ele observou uma leve
deflexão do galvanômetro quando a corrente elétrica da outra bobina era ligada
ou desligada; e o sentido da deflexão era diferente, conforme o circuito da
outra bobina fosse ligado ou desligado da bateria.
Imediatamente, Faraday compreendeu o
fenômeno: era a alteração (ou variação) da corrente elétrica, e não a própria
corrente que produzia a indução. Assim, em 1931 foi descoberto o
fenômeno que é denominado de “indução eletromagnética”,
e explicado pelo princípio segundo o qual todo campo magnético variável produz
campos elétricos.