Profissão e vocação

   As áreas técnicas estão se dividindo rapidamente em várias especialidades e novas profissões aparecem com o desenvolvimento de novas tecnologias. Mas este processo provoca o desaparecimento de profissões que estão relacionadas com tecnologias que se tornam obsoletas. Por exemplo, os robôs substituíram os seres humanos em determinadas atividades da indústria automobilística, diminuindo drasticamente a demanda por metalúrgicos ferramenteiros. Mas em compensação, surgiu a necessidade de técnicos para projetar, construir, instalar e realizar a manutenção dos robôs. 

   No passado, o desenvolvimento de novas tecnologias também provocava diminuições drásticas na demanda por determinadas profissões. Por exemplo, a invenção do tear mecânico deixou muitos artesãos desempregados.

   Com o tear mecânico a produção aumentou e os tecidos ficaram mais baratos e uma parcela maior da população passou a usar roupas com tecidos que antes só eram acessíveis aos mais ricos. Obviamente, com o tear mecânico surgiram empregos para projetistas de teares, construtores e técnicos para realizar a manutenção dessas máquinas.

   A invenção do arame farpado também causou muitos desempregos. O sonho dos garotos do meio rural era ser “cowboy” (vaqueiro), mas com o arame farpado uma fazenda que empregava entre 30 e 50 “cowboys” passou a necessitar de apenas de 4 ou 5 para tomar conta da mesma quantidade de animais.

  As profissões não surgem porque há indivíduos com vocações para determinadas atividades. Elas surgem com o desenvolvimento de novas tecnologias e de acordo com as necessidades das sociedades. Nas sociedades tecnologicamente mais avançadas há profissões mais sofisticadas que requerem uma boa formação. Por exemplo, com o desenvolvimento dos foguetes surgiu a possibilidade de se enviar seres humanos para explorar o espaço. Esta nova possibilidade provocou o surgimento da profissão de astronauta.