Desde o séc. 13 d.C. pequenas peças circulares de vidro, mais espessas
no centro que na borda, com superfícies
polidas e transparentes eram
muito úteis, pois elas possuíam o misterioso poder de fazer as pessoas idosas
ver bem a curta distância. Mas, apesar dessa utilidade, essas peças circulares
eram consideradas como diabólicos
pedaços de vidro.
As lentes podem tornar as figuras mais afastadas ou próximas,
invertidas, coloridas ou distorcidas, maiores ou menores. Devido a esses
efeitos, as lentes eram consideras enganadoras
pela maioria dos estudiosos da Idade Média. Esses argumentos tolos convenceram
esses sábios a ignorar as lentes durante quase quatrocentos anos, pois elas não deviam ser usadas para propósitos
sérios.
Naquela época havia um ditado de aceitação geral, não se pode atribuir
valor científico a qualquer coisa observada somente pela visão. A observação
visual só era considerada válida quando confirmada pelo tato.
Por mais ridículos que possam parecer, foram esses “argumentos” que
convenceram os estudiosos da época a ignorar as lentes. Mas os artesãos, que
nada sabiam sobre essas “teorias” ou ditados, continuaram polindo lentes e
montando os aparelhos conhecidos como óculos.
Foi somente no séc. 17, ainda assim com relutância, quando alguns
estudiosos da ótica compreenderam a importância das lentes na vida diária dos
seres humanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário