Na Idade Média, usava-se a palavra latina “grave”
para designar uma coisa pesada. De acordo com a filosofia aristotélica, o peso
de um corpo era sua tendência de ir para o centro do universo, que é o seu
lugar natural. Essa tendência de cair (ou ir para o lugar natural) era chamada
de gravidade
em latim.
A gravidade era apenas um nome,
e não a explicação real do fenômeno. Ainda hoje, a “gravidade” continua a ser
apenas um nome para a maioria das pessoas. Quando se pergunta aos estudantes
por que os objetos caem, a resposta mais comum é “por causa da gravidade”;
e se perguntarmos o que é a “gravidade”, a resposta mais comum é “gravidade
é aquilo que faz com que os objetos caiam”.
A gravidade era compreendida
como alguma coisa que existia nas proximidades da superfície terrestre. Não se
imaginava que ela tivesse qualquer influência sobre o movimento dos corpos
celestes. De acordo com a filosofia aristotélica, os corpos celestes não eram
constituídos por matéria dotada de peso e, portanto não podiam cair.
Havia assim dois campos de
estudo que eram considerados quase independentes; a mecânica terrestre e a astronomia,
pois os fenômenos que ocorriam com os objetos sólidos eram considerados
completamente diferentes dos celestes.
Quando Nicolau Copérnico (1473
– 1543) sugeriu que a Terra se movia em torno do Sol, ele separou as ideias de
gravidade e de centro do universo, que eram as ideias básicas de Aristóteles
(os graves caiam em direção ao centro do universo).
Mas, como a Terra não era mais
o centro do universo, mas os corpos caem em direção ao seu centro. Essa
propriedade não era mais geométrica, era devida a alguma coisa existente na Terra
que atrai os corpos. Copérnico percebeu isso claramente, e afirmou que todos os
corpos celestes possuíam uma gravidade própria que atraia os corpos das
vizinhanças para os seus respectivos centros.
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