Na época do Museu de Alexandria,
Heron (10 d.C. –
70 d.C.) inventou um dispositivo que utilizava a “expansão” da água para mover
objetos que ficou conhecido como a primeira máquina a vapor, a aeolipile.
Por volta de 1600, havia a
necessidade de drenar minas de carvão, isto provocou a busca por um método
eficiente para resolver este problema. Em 1615, Salomon de Caus (1576 - 1626) inventou uma bomba que utilizava a
pressão do vapor da água, mas havia o risco de explosão por causa desta pressão.
Em 1710, Thomas
Newcomen (1664 – 1729) inventou uma máquina mais segura em que o vapor era
introduzido em um recipiente, expulsando dele o ar. Ao ser resfriado o vapor se
condensava, formando-se um vácuo parcial. A pressão atmosférica empurrava um
êmbolo que, indiretamente, comprimia a água para elevá-la para fora da mina de
carvão. Em 1763, James Watt (1736 -
1819) iniciou as pesquisas empíricas e teóricas sobre a máquina a vapor.
O
estudo quantitativo dessas máquinas levou ao estudo das transformações de
energia e à termodinâmica. A consequência imediata foi o estabelecimento do
princípio da conservação da energia e as pesquisas sobre a transformação de
calor em movimento e vice-versa.
Em 1798, Benjamin
Thompson era responsável pelo arsenal onde se fabricava canhões perfurando
cilindros sólidos de bronze. Nesta época o calor era considerado como um fluido
(“calórico”) que não podia ser gerado nem destruído. Supunha-se que durante a perfuração o calor
oculto ou latente seria liberado, pois a limalhas de bronze teriam menor
capacidade de guardar calor do que o bloco maciço.
Thompson observou que havia uma produção
maior de calor justamente quando a broca estava gasta. Como explicar isto? Se a
ideia do calórico fosse correta, então o calor específico das limalhas seria
menor que o do bloco inteiro. Ele mediu o calor específico de massas iguais de
limalhas de cobre e de um pedaço inteiro; e não observou diferença alguma.
Assim, ele concluiu que o calor era proveniente da energia fornecida para girar
a broca.
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