Em 1668 a Royal
Society lançou um desafio aos cientistas para desenvolver uma teoria sobre as
colisões dos corpos. Três cientistas enviaram soluções corretas que dependiam
de um princípio que atualmente chamamos de conservação da quantidade de
movimento (ou momento linear).
Duas dessas soluções se limitavam a colisões
envolvendo apenas choques idealizados como perfeitamente elásticos, mas a
solução de John Wallis envolvia
também os choques reais onde as colisões não são perfeitamente elásticas.
Este trabalho foi seguido, em 1669, por
outro em estática (centros de gravidade), e em 1670 por um estudo sobre a
dinâmica.
A conservação da quantidade de movimento foi
enunciada por John Wallis em 1671, antes, portanto, de Newton publicar as leis
do movimento. Podemos, portanto, supor o princípio da conservação da quantidade de
movimento como um princípio fundamental e obter as leis do movimento a partir deste princípio.
Podemos
segurar e manter um objeto em repouso a uma dada altura, mas ao largá-lo,
verificamos que ele começa imediatamente a cair. O movimento aparece onde não
existia. Mas para os físicos e filósofos é difícil aceitar a idéia de que
alguma coisa pode ser criada do nada.
Alguma coisa deve ser a causa desse
movimento ou algum movimento ocorre num sentido para compensar o movimento de
outra coisa em sentido contrário, ou seja, talvez um objeto começa a se mover
para compensar o movimento de outro objeto em sentido oposto.
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