segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Calor e tempertura



   Na antiguidade, as ideias de “calor”, “fogo”, “luz” não estavam ainda bem diferenciadas uma da outra. Para Aristóteles, o fogo era um dos “elementos” fundamentais da natureza com os atributos “quente” e “seco”.
   A característica principal desse fogo era a sua leveza, sua tendência de subir e arrastar para cima os corpos próximos. Acreditava-se, também, que a luz do Sol era da mesma natureza que o fogo, pois era capaz de proporcionar calor e leveza à água. Assim, era explicado o fenômeno que hoje chamamos de evaporação, ou seja, a obtenção de um novo estado da água pela ação de qualquer “fogo”.
   Para os atomistas da Antiguidade, existia uma substância ígnea dotada de “átomos” semelhantes aos “átomos” do fogo. A ideia de que o calor e a chama era um tipo especial de matéria competia com a concepção de que são apenas características acidentais adquiridas pela matéria.
   A alternância dessas ideias conflitantes, que estavam associadas à natureza da própria matéria, orientou o desenvolvimento dos conceitos de calor e temperatura. Esse jogo de ideias provocou a emergência gradual de conceitos e definições claras de um grande número de noções que antes eram confundidas.
   Consequentemente ocorreu uma progressiva quantificação do estudo do calor e a invenção de instrumentos e o desenvolvimento de métodos de medidas para cada nova grandeza, propiciando assim a utilização científica e técnica desses novos conceitos.

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