Na antiguidade, as ideias de
“calor”, “fogo”, “luz” não estavam ainda bem diferenciadas uma da outra. Para
Aristóteles, o fogo era um dos “elementos”
fundamentais da natureza com os atributos “quente”
e “seco”.
A característica principal
desse fogo era a sua leveza, sua tendência de subir e arrastar para cima os
corpos próximos. Acreditava-se, também, que a luz do Sol era da mesma natureza
que o fogo, pois era capaz de proporcionar calor e leveza à água. Assim, era
explicado o fenômeno que hoje chamamos de evaporação, ou seja, a obtenção de um
novo estado da água pela ação de qualquer “fogo”.
Para os atomistas da
Antiguidade, existia uma substância ígnea dotada de “átomos” semelhantes aos
“átomos” do fogo. A ideia de que o calor e a chama era um tipo especial de
matéria competia com a concepção de que são apenas características acidentais
adquiridas pela matéria.
A alternância dessas ideias
conflitantes, que estavam associadas à natureza da própria matéria, orientou o
desenvolvimento dos conceitos de calor e temperatura. Esse jogo de ideias
provocou a emergência gradual de conceitos e definições claras de um grande
número de noções que antes eram confundidas.
Consequentemente ocorreu uma
progressiva quantificação do estudo do calor e a invenção de instrumentos e o
desenvolvimento de métodos de medidas para cada nova grandeza, propiciando
assim a utilização científica e técnica desses novos conceitos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário