sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Aristóteles estava certo



   Nas rajadas de vento e no escoamento dos rios, os fluidos executam um movimento de translação. Nos sorvedouros e nos tornados, os fluidos executam movimentos de rotação.
   Os fluidos também executam movimentos vibratórios, pois uma vibração pode produzir distorções que se afastam do ponto de origem. Esta distorção que se movimenta é chamada de onda.
   O estudo do movimento ondulatório (ou vibratório) começou no Séc. VI a.C. quando Pitágoras descobriu que a altura (frequência) do som produzido por uma corda depende do seu comprimento. Isto significa que se compararmos duas cordas que diferem apenas no comprimento, a corda mais curta vibra mais rapidamente que a mais longa.
   Por volta do Séc. 400 a.C., um membro da escola pitagórica sugeriu que o som era produzido pelo impacto de um corpo contra outro. A porção de ar atingida pela corda vibrante se move e atinge uma camada de ar na sua vizinhança, que por sua vez atinge outra camada de ar, e assim por diante.
   Para Aristóteles, o ar era o meio que conduzia o som e, consequentemente, o som não se propaga no vácuo. (Neste caso, Aristóteles estava certo).
Quando o ar é retirado do interior do recipiente de vidro, o sino continua a vibrar, mas não ouvimos o som.

   Como uma corda vibrando rapidamente atinge o ar muitas vezes e cada vibração deve ser conduzida pelo ar. No Séc. 1 a.C., o engenheiro romano Marcus Vitruvius Pollio (de 80 a 70 – 15 a.C.) sugeriu que o ar não se move simplesmente, ele vibra, e esta vibração é uma resposta à vibração da corda. Ele concluiu que são essas vibrações do ar que ouvimos como som.  
   Finalmente, no Séc. 500 d.C., o filósofo Anicius Manlius Severinus Boethius (480? – 524?) comparou a condução do som através do ar com as ondas produzidas por um objeto que cai sobre a superfície da água calma de um lago.

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