domingo, 15 de setembro de 2013

Movimento vibratório



 
Christian Huygens (1629 – 1695) construiu, em 1645, 
um relógio de pêndulo com um mecanismo capaz 
de compensar os efeitos do balanço de um navio.
   O princípio da conservação da energia é extremamente útil no estudo de movimentos que ocorrem alternadamente em um sentido e, após um dado intervalo de tempo, no sentido oposto. Este intervalo de tempo pode ser longo, pequeno ou extremamente pequeno. Um movimento que ocorre com alternância de sentidos é chamado de vibração ou movimento vibratório (origem na palavra latina para “balançar”).
   Este tipo de movimento é muito comum. Por exemplo, os galhos e folhas das árvores balançam ao vento, as máquinas em operação também vibram.
   Podemos considerar que o estudo dos movimentos oscilatórios (ou vibratórios) começou em 1583 quando Galileu assistia à missa. Neste momento, ele observou o candelabro oscilando, após um ajudante ter acendido suas velas, e verificou que apesar das amplitudes de suas oscilações sucessivas tornarem-se cada vez menor, o tempo de cada oscilação permanecia inalterado. Ele descobriu também que o tempo necessário para o pêndulo completar uma oscilação dependia apenas do comprimento do fio
   Já com idade avançada, Galileu teve uma visão das possíveis aplicações da sua descoberta, mas o primeiro a realizá-las foi Christian Huygens em 1673. Ele levou em conta as imperfeições do pêndulo e mostrou como se pode levar em conta o fato de que um pêndulo real não é um pêndulo simples, pois a bolinha tem um volume finito (ou seja, não pode ser considerada como um ponto) e o fio ou barra do pêndulo tem uma massa diferente de zero. Além disso, ele mostrou também que se um pêndulo ao invés de oscilar ao longo de uma curva que não é exatamente um arco de círculo, mas um arco de uma curva mais sofisticada chamada ciclóide, então o seu período será verdadeiramente constante.

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