A invenção da pilha voltaica ou bateria
elétrica em 1800 por A. Volta possibilitou, pela primeira vez, a obtenção de um
fluxo contínuo de eletricidade através de um fio condutor. Isto possibilitou o
início das investigações que procuravam alguma relação entre eletricidade e magnetismo. Em 1802, Romagnosi observou o efeito magnético de uma
corrente sobre uma agulha magnetizada, mas esta descoberta foi ignorada pela
comunidade.
Em 1820, Oersted
colocou um fio conduzindo eletricidade paralelamente à agulha de uma bússola.
Ao fazer isso, a agulha oscilou ficando quase em ângulo reto com o fio e ao
cessar a corrente a agulha da bússola retornou à sua orientação norte-sul
normal. Ao inverter o sentido da corrente, a agulha oscilou no sentido oposto.
Esta descoberta tornou possível a construção do galvanômetro (aparelho que
indica a intensidade da corrente elétrica).
Poucos dias após Oersted divulgar sua
experiência, Dominique F. J. Arago (1786 – 1853) mostrou que fios conduzindo
eletricidade orientavam limalhas de ferro. Antes da chegada do ano de 1821,
Ampère observou que dois fios
paralelos ligados a baterias diferentes se atraem quando as correntes fluem no
mesmo sentido. E se as correntes fluem em sentidos opostos, os fios se repelem.
Conclusão de Ampère, correntes paralelas se comportam como se fossem pólos
magnéticos.
Neste momento surgiu a pergunta:
como a eletricidade
produz magnetismo, pode o magnetismo produzir eletricidade?
Em
1931, Faraday observou uma leve deflexão do galvanômetro quando a corrente
elétrica de uma das bobinas era ligada ou desligada; e o sentido da deflexão
era diferente, conforme o circuito da outra bobina fosse ligado ou desligado da
bateria.
Em seguida, Faraday mostrou que ao aproximar
um ímã de uma bobina também se produzia uma deflexão no ponteiro do
galvanômetro. Ao afastar o ímã da bobina ele observou que a deflexão ocorria no
sentido oposto, indicando que a corrente fluía no sentido oposto.
Após realizar uma série de experiência,
Faraday descobriu que uma corrente podia ser induzida de várias maneiras: variando a corrente em um circuito
vizinho; deslocando a bobina nas proximidades de outra bobina com corrente; ou
deslocando uma bobina nas proximidades de um ímã.
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