O ar
e todos os outros gases, sob condições normais, são bons isolantes, isto é, não
conduzem eletricidade. Devido a isso, uma tomada ordinária com a voltagem
relativamente baixa de 220 ou 110 volts, pode permanecer numa sala sem que haja
qualquer corrente passando de um lado para outro, isto é, descargas entre os
terminais de uma tomada.
A grande
resistência elétrica do ar entre os terminais de uma tomada impede a passagem
corrente entre eles. Mas grandes resistências podem ser superadas com altas
voltagens.
Imagine
uma experiência na qual vamos aumentando a voltagem até atingir um valor igual
a cem vezes o seu valor normal. Neste caso irá ocorrer o seguinte: de repente
aparece uma fagulha de um terminal ao outro da tomada, seguida de um estouro e
um clarão.
Uma
faísca elétrica atravessa o ar, e a alta corrente ao mesmo tempo aquece o ar
entre os terminais. Numa fração de segundo, uma alta pressão de ar é criada na
tomada e essa região de alta pressão volta à pressão normal com um grande
estrondo.
Podemos
ver esse tipo de faísca elétrica de modo mais evidente na natureza, durante uma
tempestade com relâmpagos e trovões.
O
relâmpago é uma descarga elétrica que pode ocorrer entre nuvens eletricamente
carregadas ou entre as nuvens e a Terra.
Nos relâmpagos, as descargas elétricas chegam a
centenas de milhões de volts.
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Nesses
fenômenos, ocorre uma espécie de “curto-circuito” (entre os “terminais”
nuvem-nuvem ou nuvem-Terra). Essas descargas envolvem voltagens gigantescas de 30 a 400 milhões de volts, que
duram menos de um milésimo de segundo. Assim de uma maneira descontrolada, a eletricidade
pode fluir através do ar. Mas, o que é que torna isso possível?
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